terça-feira, 20 de maio de 2008

O novo dia e a velha memória. (parte 1)

Acordei sem lembrar de ontem. Revirando na cama, sem querer abrir os olhos, tentei prolongar aquele refúgio por mais alguns minutos. Foi em vão: era hora de acordar mesmo. O relógio marcava meio-dia, e quando me dei conta de que era de fato outro dia quase desisti.
Talvez se ainda fosse ontem eu pudesse trocar algumas coisas de lugar, ou caminhar pelo outro lado da rua, ao menos eu não teria lembranças. A certeza de levantar da cama sabendo de que agora são as consequências, e não as causas, pesa qualquer inicio (ou meio) de manhã. Mas eu era forte, ao menos em parte.
Levantei-me. Uma ducha bem gelada me faria melhor: renovaria as energias, como eu sempre digo. E renovou mesmo, até o diabo perceber o pensamento vazio e começar a degustar sua refeição. Foi aí que tudo se reproduziu, denovo, com os mais minuciosos detalhes. O que estaria fora do lugar?
(...) continua.

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