segunda-feira, 30 de abril de 2007

Rotina?

Um dia após o outro: é assim que a rotina se desenvolve, o que se torna singular é o modo como se organiza. O problema é como organizar alguma coisa, já que os meus dias vêm se preenchendo com nada vezes nada durante a semana. Sexta, sábado e domingo: deveria se resumir apenas assim.
Nunca pensei que fosse tanto querer ter professores, aulas e provas como agora. Talvez isso sirva pra eu nunca mais esquecer como é importante manter ativa toda aquela correria de faculdade, casa, estudos e saídas. Sem isso parece que perde todo o sentido.
É engraçado me ver em alguns anos atrás, onde eu não tinha vontade nem de levantar da cama para ir à escola. É engraçado perceber também como todas as outras ações estão intimamente interligadas.
O mais engraçado ainda é perceber que pouca coisa continua igual, e que quando eu dizia 'nada pode mudar' eu realmente não tinha me dado conta de como seria ser grande. Ou relativamente grande, como preferir. :)
A minha vontade era manter todos os momentos vivos em cada novo momento; na ilusão de que um dia conseguiria, carrego nas lembranças esses que nunca se tornarão banais o suficiente para serem esquecidos no tempo.
Até mais.

domingo, 29 de abril de 2007


Eu tinha controle da marcha e também do volante. Mas a velocidade me escapava sempre que algo me aparecia a frente e a situação ostentava perigo. Não tinha ninguém ao lado, o banco do motorista estava vazio, e até hoje não entendo como não consegui alcançar o freio. A velocidade auemntava com o passar de cada minuto, juntamente com o meu desespero. Pedia com todas as forças para o caminho ficar livre, e todas as preces foram atendidas até certo ponto. Era um carro escuto que andava em sua velocidade normal na faixa esquerda da pista dupla: não tinha local para ultrapassagem. Mesmo não sendo permitido, fui pela direita, onde encontro logo a frente um carro vermelho com a velocidade mínima: ele também estava na sua mão. Parece que eu me coloquei exatamente no que dizem hora errada e local errado. Eu morri.

Mas será mesmo que era tão errado? Porque às vezes costumo pensar que sempre foi certo demais...

sábado, 28 de abril de 2007

About me




Conte-me tudo aquilo que não contaria a mais ninguém, mas só após ter a certeza de que seria como se não o tivesse dito. Para isso, só é preciso o respeito, já que a reciprocidade, embora dificil de ser alcançada, exige um tempo considerável.Nunca minta, nem mesmo pra me trazer conforto: fale a mais clara das verdades, uma vez que tudo que fazes, receberás em dobro.Seja amor, ou seja indiferença, seja verdadeiro, expressivo e, principalmente, único. Porque é justamente a singularidade de cada um que eu levo sempre comigo.Não acredito que a distância deixe lugares vagos, portanto: esteja onde estiver, estarei sempre por perto daqueles que chegaram a ser, no mínimo, ESPECIAIS.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Quase

Estava na flor da idade, com o amor batendo a porta. Abraçou-o com todas as suas forças desejando ser aquele um momento único, em que o tempo parasse e ninguém mais existisse ao redor. Ninguém, pois não queria correr o risco de submeter-se a todas as outras energias que circulavam estranhamente sua vida. Por mais que tentasse ser forte, a influência sempre se sobressaía a todas as suas forças: era como se suas atitudes perdessem a autonomia e passassem a ser dirigidas por alguém quase inexistente.
Já era a segunda vez que se sentia daquele jeito: frágil e vulnerável a qualquer palavra alheia. Por se perder nas lembranças, a primeira não serviu como um exemplo claro de como deveria agir. Ele se via perdido em meio a repetição da sua vida. Era como se estivesse vivendo um momento pela segunda vez. Não igual, claro, mas com as mesmas conseqüências.
Passaram-se 6 meses. “Chegou a hora”, pensou ele. Fez então o que achava que deveria ser feito: pediu a mão daquela que era a única. Com toda a magia e sinceridade com as quais se conheceram, ele lembrou-se da primeira vez que a viu, e de como nervoso ficou de apenas se aproximar. Para ele, ela refletia toda a singularidade que ele jamais vira.
Casaram-se sob a bênção de suas religiões. E foram felizes, com um quase para sempre. Da união, brotou uma flor, que deram o nome de Maria: aquele que era pra ser a propagação dos sonhos que tiveram enquanto adolescentes, acabou se tornando o maior tomento na vida daquela mãe. Não que a filha não fosse bem vinda, mas sim porque foi a partir daquele momento que ela percebeu que nem sempre tinha a mesma pessoa ao lado.
Ele perdeu a ternura: tornou-se frívolo e indiferente para os próprios sentimentos. Era como se nada houvesse existido, e eles tivessem simplesmente acordado de um longo cochilo.
Os nove meses de gestação foram uma tortura, pois o amor que aquela mãe tanto sonhara estava incompleto. Muitos diriam que a paixão teria chegado ao fim, mas, então, isso também justifica a sua substituição por um sentimento tão frio e amargo?
A menina nasceu. Seus olhos grandes e escuros olhavam para o mundo como se aquele fosse o seu maior presente; e, ao aguardar pelo choro que anunciava a sua chegada, a pequena garota sorriu. Sorriu. Era a última vez em que ele também sorriria.
Dotada de gestos meigos e carentes, aquele bebê logo se tornou uma garotinha, ansiosa para descobrir os porquês de toda a existência. Não lhe faltava oportunidade de perguntar como e quando, de observar e, algumas vezes, de dizer o que achava. Parecia que sua voz de criança camuflava a grande mulher que ali habitava.
O tempo passou. Mas ele mal pôde ver o começar dos passos daquela pequena que havia crescido. Não só no tamanho: as provas vivas da vida a expôs numa roda gigante viciosa, onde mal se podia subir, já estava descendo novamente. E ela passou por tudo isso. O tempo também, e continua passando, porque ela ainda continua uma criança.
Ele olhava para aquela que refletia parte de sua existência e a via como o único amor que ainda restava, já que sua outra parte havia se perdido. Ele a olhava como um pássaro que observa sua prole no ninho, no entanto, pairando sobre o ar, pois nem mesmo os anos puderam dar a ele a coragem de que precisava para se dirigir a ela como sendo um pai e uma filha.
O tempo continuou passando.
Maria completava, enfim, seus 20 anos. Faltava apenas um ano para terminar sua graduação em Psicologia, e dali partiria para França, ou qualquer outro lugar que a levasse para bem longe. Qualquer outro lugar que fizesse dela o mesmo que a vida fez com todos os seus familiares.
Apesar das inúmeras perdas que sofreu, ela nunca perdeu o brilho e a magia da sua vida. Vida essa que mal tinha começado.
Ele, seu pai, havia assistido de perto, porém longe, a todas essas épocas e mesmo vendo tudo tão nitidamente, nada fez. “Ela mal pode saber quem sou”, ele pensava.
Os anos o castigavam como um inverno castiga os fazendeiros aos tirar-lhes as suas colheitas. Ele tinha deixado de viver a vida. Trocou o prazer de todo o mundo que o rodeava, pelo medo de arrepender-se de uma futura perda. Tê-la ali, mesmo longe, para ele, era ainda assim, te-la. Mais valia a incerteza de que seria rejeitado, do que a comprovação desse fato.
Maria foi embora, e como vivia sozinha, foi sem dizer para onde ou com quem.
Após alguns meses, ele recebe uma carta, onde o remetente assinava apenas como: “sua única filha.”
“Meu Pai,
Se somente hoje te escrevo, não foi pela falta de oportunidades, pelo contrário: todos os dias me davam motivos novos para eu te dizer como estava, o quanto tinha crescido, e como era linda a vista daqui de cima.
Não sei se o senhor sabe, mas comprei um apartamento aqui em Sótca, de onde dá pra ver a cidade inteira, inclusive o mar. Diversas vezes me vi sentada aqui, escrevendo uma coisa ou outra para sabe lá quem, só para dizer que tudo estava no lugar.
Eu sempre tive saudades não sei do que, e sempre me senti acompanhada, mesmo estando tão só nesse apartamento quarto e sala. Tudo o que até hoje consegui foi fruto de muito esforço e dedicação, assim como você e Mamãe também o fizeram. Diferente de vocês, porém, eu nunca tive “um ao outro“. Mas posso dizer que ela sempre refletiu bastante o que você seria na minha vida. Era possível distinguir cada atitude, sendo como sua ou dela. A melhor escolha da sua vida, aposto.
Vida, Meu Pai. Se me pedissem hoje um exemplo de vida, eu diria você. Para mim, você é a mais bela representação de vida que já tive até hoje. A vida nunca nos aparece literalmente, no entanto sabemos que ela sempre está ali, presente em todo o lugar, olhando tudo ao nosso redor, e fazendo com que cada coisa aconteça exatamente como tinha de acontecer. A vida é uma quase sombra, que nos persegue, com a diferença que: não somos nós que temos a vida, pois essa não permite ser possuída, apenas manobrada. É ela quem nos possui, e dependendo das nossas atitudes, nós vivemos ou, simplesmente, existimos.
Essa é a nossa diferença, pois todo esse tempo você existiu, e eu vivi.
Triste ironia do destino me levar embora com a metade da sua idade, e com o dobro da sua vida. Hoje meu pai, eu viro a representação de vida para você, e sua única missão agora é que viva! Porque eu, ainda assim, continuo existindo.
Nos encontraremos, sem pressa, claro. Eu notei desde o começo que calma sempre foi a sua melhor qualidade. Mas cuidado: são as melhores qualidades que nos armam as mais perversas carapuças.”
Ele ficou incrédulo durante um bom tempo, e caiu em lágrimas. Mas percebeu, enfim, que o tempo, por um momento, pareceu parar.
Pareceu gritar: VIVA!

domingo, 22 de abril de 2007


As cortinas se fecham. Do pequeno rastro que me deixa livre ao outro lado, vejo pouco: azul, branco, verde. Uma aquarela intermitente poderia se formar, caso não soubesse o que delimita tais cores. O mesmo que me tira a visão, me tira também a audição, o balançar dos cabelos e a pureza do que não se pode ver. Ao formar-se com seu par, tais cortinas me deixam na solidão desnecessária para aquele momento. É como se o mundo inteiro tivesse se restringido a uma pequena parcela do céu e dos coqueiros.
Basta fechar os olhos, para começar a enxergar além do que se pode ver. O banco na beira da praia rodeado de pais que olham seus filhos correrem de sungas para lá e para cá, com gritos alvoroçados e felizes, de crianças que, de longe, vivem toda a crueldade que as cerca. A inocência nos olhos das mesmas passa a ser anulada pela inquietação eminente nos olhos de seus antecessores, pois dali ao momento próximo aquela poderia ser a última corrida, a última brincadeira e o último sorriso.
Não há lugar seguro. A segurança é um direito que não pertence mais às pessoas, à natureza ou aos animais. Quem sabe os carros, poupanças ou mobílias possam fazer melhor proveito delas?
Perdeu-se no mundo. E seria como procurar o último grão de areia formado na beira da praia. A mesma que afunda os pés, que constrói castelos e que os destrói. A mesma que guarda vida, que guarda esperança. Afinal, quem nunca procurou o impossível a cada monte de areia retirado do seu lugar. O máximo que achei foi mais areia. Com uma variação de cores, tudo bem, mas o que não anula sua essência.
A essência se perdeu no mundo. Essência de ser humano. Seja ele pobre, rico, branco, negro, amarelo. A essência é a mesma. E quando disseram que todos os homens são iguais perante a lei, era a isso que se referiam - pelo menos no meu conceito teórico, já que na prática ocorre totalmente o inverso. Do respeito, do amor, da vida. Nós ganhamos de presente o mundo inteiro. E o mundo inteiro, o que ganhou de presente? Aliás, o que ele perdeu, como presente?
A cada minuto que a vida celebra, a morte espera. Mas, mais uma vez, querem inverter os papéis, deixando que a morte seja o tão celebrado momento. Será por isso então que bebês choram ao nascer? “Me deixe continuar morrendo!” Bem sarcástico para uma bolinha de vida que quase não enxerga ainda. Mas, o mais sarcástico, é ver crianças com ar de gigantes acreditando ser os donos do mundo, que tudo podem, que tudo querem. A vida não é um dever: é um direito. Assim como a morte. Cada um tem o direito de nascer e morrer da forma como lhe foi guardada.
Vida humana. Mas, então, de onde vêm os barulhos que me cercam agora? Agora, nesse instante, em que minha mar dorme e tudo está fechado, esperando o dia acordar para poder viver de novo. É essa a aparência que os objetos de casa me trazem: a que eles dormem com a lua e acordam com o sol. Mas, se fosse assim, realmente, os trincos de portas e janelas devem estar com insônia ultimamente. Ou então eu ganhei novos amigos, quem sabe.
Voltei para a praia, para a cortina e para o seu par.
Costumava acordar todo domingo às 8:00 da manhã com a celebração de tambores e ardentes vozes, em meio a um objetivo que nunca descobri. Revoltava-me ter meu sono interrompido por anarquistas que madrugam em pleno fim de semana. Vejo, hoje, o quão tropeço nas minhas próprias opiniões: sempre disse que não se deve julgar os outros pelo o que se parece, no entanto, diversas foram as vezes em que já me deparei comigo mesma. Percebe-se, que o primeiro conceito é relembrado apenas quando a vítima passa a ser você mesma, já que é bem difícil para muitos pensar no próprio bem-estar e ao mesmo tempo no bem-estar do outro. Mas é, eu venho tentando.
Sim, voltando a parte em que eu acordava... Acordei diversas vezes ignorando toda a luz que me cobria, e toda a alegria e simplicidade daqueles que comemoravam algo incomensurável na minha cabeça de adulto. Digo de adulto, porque quando em vejo cega para pequenos detalhes como esses, é porque vejo a criança que sempre existiu em mim adormecida. Isso já não é o caso de desespero: agora costumo acorda-la todos os dias, na mesma hora em que me acordo, pois, para encarar a realidade com a incoerência de um adulto, é como se jogar de um precipício que continua caindo, lentamente, sem fim.



Durante muito tempo vou me restringir a apenas observações e escritos não pensados os quais guardarei aqui. A dormência de estudos poderia me trazer o mais puro dos alívios de prolongadas férias, mas em seu lugar reside a interminável inquietação das palavras que nunca calam.


Maceió, 04.03.2007

Meu filho, enquanto escrevo ainda sou jovem e não faço a menor idéia se, no dia em que leres isto, , estarei viva para vê-lo. No entanto, saberás que sua mãe nunca teve medo da vida e viveu de forma única todos os dias que pôde: subindo um degrau de cada vez, sem usar ninguém como apoio para obter vitórias. Espero que te sirva, não de lição, mas como exemplo, se este não puder ser dado pessoalmente, me desculpe... É que não é possível prever até onde tal estrada me levará.
Tenho na memória as diversas lembranças da minha juventude. Algumas se perderam, mas as que realmente tiveram significado carrego comigo para qualquer lugar que eu vá. Fazem parte do meu corpo, da minha mente e do meu coração. Escrevo-te não para te falar sobre a vida, já que esta não aceita explicações e teorias, e sim para te dizer que sobre ela, não se precisa saber, descobrir ou temer algo. Viva todos os dias, um de cada vez, sem se preocupar muito com o amanhã, e sem relembrar muito do passado. Tenha sempre na mente o HOJE, o AGORA. O passado já não se pode mudar, e o futuro... bem, esse você nunca terá a certeza de que realmente virá.
Seja bom com você mesmo e com os outros. Trate cada pessoa como gostaria de ser tratado, sempre com muito respeito e muita humildade. Não digo que deva destratar aqueles que o fizerem, contudo, conserve a indiferença para certas ocasiões (você saberá na hora certa). Seja o melhor que pode ser, sem ter medo de se machucar. Mas cuidado: antes de tudo, ame-se, com todas as suas forças, com todos os seus sentimentos. A representação que a sua pessoa terá na vista dos outros é você quem irá construir. Uma vez que se sinta feio, inferior e sem capacidade, é justamente isso o que irão ver em você. Portanto, sempre se sinta capaz de qualquer coisa, de vencer qualquer desafio; porque eu aprendi, a duras penas, que querer pode até não ser poder, mas o SENTIR pode mover rios e montanhas.
Guarde contigo todos os bons sentimentos: um dia verás que a união de todos eles será a base da sua vida. Mantenha tal base. E lembre-se: ninguém no mundo é responsável o suficiente para ser posto nesse local, a não ser você mesmo. Uma vez, quando tinha 14 anos e tive meu primeiro namorado, fiz dele o meu rumo e a minha segurança. Após o namoro de um ano e meio que tivemos, tinha perdido as referências da minha vida, do meu eu. Aquele eu que ele nunca conseguiria me explicar, pois nem o próprio o conhecia.
Já fui muitas, em diversas situações. Não que isso signifique que eu não tinha personalidade... pelo contrário! A diferença é que eu mudava com o tempo pois era ele que me fazia crescer e enxergar os fatos sob outro ângulo. Sob o meu ângulo, sob as minhas medidas e de ninguém mais.
Quando gostar de alguém, vá em frente. Lute até o seu limite. Mas não lute tanto. Saiba medir a sutil diferença entre GOSTAR e POSSUIR. Saiba também ver até onde os seus sentimentos podem o levar, sem deixa-lo que se inferiorize para conquista-los. Certas vezes é melhor desistirmos da pessoa que gostamos, do que desistirmos de nós mesmos. NUNCA ESQUEÇA ISSO, MEU AMADO FILHO.
Quando gostarem de você, tenha caráter e seja sincero: sem grosseria e com toda a delicadeza que um homem deve tratar uma mulher. Sinceridade, meu filho, é algo que pouquíssimas pessoas no mundo possuem, e eu espero que você saiba usa-la como uma arma de apoio e não de luta. Ah, e antes que esqueça... nunca tente gostar de alguém, meu amor... O sentimento mais puro e sincero são aqueles que não precisam de desejo para começar.. eles simplesmente surgem. Quando se explica demais o que se sente, é porque na verdade é o que gostaríamos de sentir, mas na verdade o que existe é um enorme vazio, sem dono, com apenas uma ilusão: a de amar.
O amor é o mais simples dos sentimentos. Ele é a base de tudo. Ame, sem medo, sem vergonha. SE AME! Não diga sempre o que carrega no coração, só as vezes... pode soar como mentira repetir que se ama ou que se adora periodicamente. Goebbles, ministro de Hitler, disse uma vez que “Uma mentira dita mil vezes, tornar-se-á uma verdade” e eu realmente acredito nessa teoria.
Cuidado com as palavras, com os atos: ambos são aliados, mas podem também ser muito perigosos.
Não guarde mágoas, ódio ou rancor. Pense sempre que pessoas que despertam esses sentimentos possuem uma energia passada que precisa se renovar, e que, diretamente, a culpa não é delas, e sim do seu passado. Não peço para que acredite em muitas vidas, meu filho... Apenas acredite naquilo que a vida te mostrar, sob o seu ponto de vista. Esse é o meu.
A vida nos põe diante de situações onde sempre há dois caminhos, onde você escolhe qual seguir. É a partir deles que a continuidade da sua estrada estará sentido.
Pra tudo existe opções, meu filho.
Assim como para essa carta também existe: você pode desconsiderar tudo que aqui está escrito e esquecer ou pode levá-la sempre com você, não o material em si, mas, no mínimo, a voz mais baizinha da sua mente.

Com amor,
Sua mãe.